quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

Maria é mãe e superiora geral e espiritual da congregação religiosa Filhos da Caridade. Também, o papa Paulo VI instituiu na década de 60 o primeiro dia do ano (primeiro de janeiro) como o momento para refletirmos sobre a paz.
Somos chamados a representar o presépio colocando Deus-Jesus Cristo no centro da vida. Tudo vem d'Ele, por Ele e com Ele, e quando adotamos esta dimensão cristocêntrica as maravilhas são percebidas. Tal qual Maria, a mãe de Deus (Maria é chamada de mãe 25 vezes nos Evangelhos), não precisamos de muitas palavras, mas somos motivados a:
  1. Guardar o que Deus nos fala
  2. Meditar o projeto de Deus na nossa vida e na vida dos pobres e trabalhadores.
  3. Glorificar a Deus, através da prática da caridade para com o irmão ou irmã.
Deus está conosco, Ele é o Emanuel, é ele que nos abençoa dando vida e por consequência, a oportunidade de promovermos a Caridade. Doravante, somos filhos(as) de Deus em Cristo e igualmente a Jesus Cristo, vamos fazer o que nos ensinou o Homem de Nazaré.
Padre Luiz Carlos, fc.

domingo, 26 de dezembro de 2010

SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ

A solenidade da Sagrada Família de Nazaré foi proclamada pelo papa Leão XIII no século XX e o Concílio Vaticano II fixou esta data para o primeiro domingo após o dia 25 de dezembro.
Esta solenidade quer nos mostrar aspectos desafiadores e os ensinamentos oriundos de Jesus, Maria e José.
DESAFIOS
A família atualmente sofre várias agressões por parte de muitos Herodes existentes. Muitas pessoas promovem o narcotráfico, os vícios do álcool, do tabagismo e do jogo; o individualismo e o consumismo também atrapalham; existe uma busca extravagante de poder no sentido de exibicionismo; o fanatismo em muitas dimensões é um fato e infelizmente, muitas famílias são desonestas, por seguirem a filosofia de querer levar vantagem em tudo.
Estas anomalias vão na contramão dos ensinamentos da Sagrada Família!
ENSINAMENTOS DA SAGRADA FAMÍLIA
Os tempos são outros, porém os ensinamentos da Sagrada Família são muito atuais:
Tal qual Maria, José e Jesus Cristo fizeram, vamos ensinar os nossos semelhantes a rezar e viver os valores éticos-morais-cristãos; honrar pai e mãe e evitar a prática do adultério (quarto e sexto mandamentos da lei de Deus); enfrentar os problemas com misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, e amor ao próximo; e antes de brincar que o homem seja pai e a mulher seja mãe.
Família é a célula vital de nossa sociedade e vamos trabalhar para que esta sejamos sinal de vida nos lugares em que estivermos, proclamando sempre o Evangelho de Jesus Cristo e integrando "Fé e Vida'.

SÃO JOÃO EVANGELISTA (27 de Dezembro)

João, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago Maior, de profissão pescador, originário de Betsaida, como Pedro e André, ocupa um lugar de primeiro plano no elenco dos apóstolos. O autor do quarto Evangelho e do Apocalipse, será classificado pelo Sinédrio como indouto e inculto. No entanto, o leitor mesmo que leia superficialmente seus escritos percebe não só o arrojo do pensamento, mas também a capacidade de revestir com criativas imagens literárias os sublimes pensamentos de Deus. A voz do juiz divino é como o mugido de muitas águas.
João é sempre o homem de elevação espiritual, mais inclinada à contemplação que à ação. É a águia que desde o primeiro bater das asas se eleva das vertiginosas alturas do mistério trinitário: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus".
Ele está entre os mais íntimos de Jesus e nas horas mais solenes de sua vida João está perto. Está a seu lado na hora da ceia, durante o processo, e único entre os apóstolos, assiste sua morte junto com Nossa Senhora. Mas contrariamente a tudo que possam fazer pensar as representações da arte, João não era um homem fantasioso e delicado. Bastario o apelido que o Mestre impôs a ele e a seu irmão Tiago: "Filhos do Trovão" para nos indicar um temperamento vivaz e compulsivo, alheio a compromissos e hesitações, até aparecendo intolerante e cáustico.
No seu Evangelho designa a si mesmo simplesmente como "o discípulo que Jesus amava". Também se não nos é dado indagar sobre o segredo desta inefável amizade, podemos adivinhar uma certa analogia entre a alma do Filho do Homem e a do filho do trovão, pois Jesus veio a Terra não só para trazer a paz mas também o fogo. Após a ressurreição, Jesus está quase constantemente ao lado de Pedro. Paulo, na epístola aos gálatas, fala de pedro, Tiago e João como colunas da Igreja.
No apocalipse, João diz que foi perseguido e degredado para a ilha de Patmos "por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo". Conforme uma tradição unânime ele viveu em Éfeso em companhia de Nossa Senhora e sob o imperador Domiciano foi colocado dentro de uma caldeira de óleo fervendo, daí saindo ileso e todavia com a glória de ter dado testemunho. Depois do exílio de Patmos tornou definitivamente a Éfeso, onde exortava continuamente os fiéis com amor fraterno, como resulta das suas três cartas, acolhidas entre os os textos sagrados, como também o Apocalipse e o Evangelho. Morreu carregado de anos em Éfeso durante o império de Trajano (98-117) e aí foi sepultado.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

É NATAL!


"Do sol nascente ao poente


cantai, fiéis, neste dia,


ao Cristo Rei que, por nós,


nasceu da Virgem Maria".




É Natal! Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, o primeiro Filho da Caridade que existiu.


É tempo de ser Igreja, caminhar juntos e participar da missão evangelizadora.


É momento de renovar as esperanças e trabalhar pelo Reino da Vida.


É hora de viver com prudência e desenvolver o senso crítico.


Que saibamos testemunhar a em Deus encarnado, nos locais de trabalho e nas nossas famílias e comunidades.


Que vivamos segundo a justiça que vem de Deus.


Sejamos Igreja compromissada com a Caridade, à luz do Evangelho.


Sejamos fortes, mostrando que a nossa fortaleza está em Jesus Cristo a Pedra Angular.


Sejamos pessoas sensatas, agindo com temperança, na tomada de nossas decisões.




O Natal sempre acontece em nossos dias. Basta que consigamos colaborar na harmonia dos reinos animal, vegetal e mineral. Que haja amor a todos sem distinções ou preconceitos.


Deus está entre nós, caminha conosco e assim convido a todas as famílias: cantemos parabéns a Jesus Cristo e se for do vosso agrado, cantemos os parabéns também à nossa Congregação Religiosa Filhos da Caridade, pois neste dia 25 de dezembro estaremos completando 92 anos de existência (25/12/1918)


A todos os amigos e amigas, Feliz e Abençoado Natal, e em 2011 continuamos juntos cantando, louvando e seguindo o Homem de Nazaré.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

AUMENTO ABUSIVO DOS PARLAMENTARES - DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES.

Está escrito no livro da Sabedoria: (Sb 2, 6-11)
"Sendo assim, vamos gozar os bens presentes e usar as criaturas com ardor juvenil. Vamos embriagar-nos com os melhores vinhos e perfumes, e não deixar que a flor da primavera escape de nós. Vamos coroar-nos com botões de rosa, antes que murchem. Que nenhum de nós fique fora de nossas orgias. Vamos deixar por toda parte sinais de nossa alegria, porque essa é a nossa sorte e o nosso destino. Vamos oprimir o pobre inocente e não vamos poupar as viúvas, nem respeitar os cabelos brancos do ancião. A nossa força será regra da justiça, porque o fraco é claramente coisa inútil".
Este texto pode muito bem ser aplicado aos parlamentares eleitos e que tomarão posse em janeiro, pelo menos deveriam aparecer na câmara dos deputados e do senado, no início do ano. Sem generalizar, mas é uma apunhalada no povo este aumento nos salários dos deputados federais e dos senadores.
Na campanha política muito se falou no aumento real do salário mínimo e num tom de provocação, a campanha do PSDB tirava a nota de R$ 10,00 (de cor vermelha) trocando-a pela nota de R$ 100,00 (nota azulada), prometendo um salário mínimo de R$ 600,00 quando o DIEESE aponta que o salário mínimo ideal à família brasileira (casal com dois filhos) precisa ser de R$2.000,00. Quando se fala em aumento para o trabalhador(a) é sempre a mesma falácia: "Com este aumento, a previdência irá quebrar". Causa estranheza escutar que a nossa previdência (INSS) pode ir à falência quando o aumento dos trabalhadores é irrisório, enquanto que a previdência dos congressistas, a tal da IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas) nunca tem dificuldades econômicas.
Tenho raiva quando fico vendo maus políticos, como o Paulo Maluf, receber um diploma de posse, mesmo enquadrado na lei da Ficha Limpa, uma iniciativa popular; quando este cidadão deveria receber uma ordem de prisão por ter cometido tantos crimes comprovados contra o erário nacional. Sei que como sacerdote devo pregar a Palavra de Deus, e por isto mesmo creio que a minha obrigação profética deve denunciar estes políticos gananciosos, injustos e promotores da grande desigualdade social que vivemos em nosso país.
Esses políticos, novamente aviso que não estou generalizando, pois existem parlamentares éticos, com ótima idoneidade moral e praticantes dos valores cristãos; que aprovaram este aumento abusivo em seus próprios salários são uma vergonha nacional, pessoas que optaram a seguir o deus do ter.
Na Campanha da Fraternidade de 2010 veio uma proposta: "Vós não podeis servir a Deus E ao dinheiro". Infelizmente a maioria dos parlamentares fizeram a escolha pelo dinheiro, não pensaram na projeto de vida e liberdade que Deus tem para todos e não apenas para alguns privilegiados. Sei que este escrito não será importante e até será esquecido para boa parte dos eleitores, sei também que os deputados e senadores não darão muita bola, porém, como gostaria que todo o nosso povo escrevesse uma carta para os políticos eleitos, condenando este gesto abusivo e ganancioso.
Estou escrevendo protestando contra todos vós que aumentaram seus salários abusivamente, e em nome do Deus do Ser, este Deus que sou seguidor, não tenho comprometimento com políticos interesseiros, mesquinhos e egoístas, mas o governante que sigo e adoro é Jesus Cristo, o Filho de Deus que denunciou as autoridades políticas injustas de seu tempo e lembrem-se o povo pode estar um pouco adormecido, mas tomem cuidado quando a nossa gente acordar.
Enfim, a todos vós que votaram pelo aumento dos próprios salários:
"VAMOS TER UM POUCO DE VERGONHA NA CARA"
Padre Luiz Carlos, fc

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

IV DOMINGO DO ADVENTO (ANO A)

A origem de Jesus guarda particularidades capazes de guiar a caminhada humana. Jesus Cristo será educado por uma família tradicional (pai e mãe). Apesar da gravidez de Maria, escândalo para alguns(as), José é justo e não entra no rigorismo da lei, mas quer preservar a vida.
José escuta o mensageiro de Deus e não toma decisão pelo coração. Ele, o pai adotivo de Jesus Cristo, faz a vontade de Deus e solidifica a instituição família, mostrando que acolhe o diferente, desde que seja da vontade de Deus e assim, José caminha à santidade.
"O Rei da Glória é o Senhor onipotente;
abri as portas para que ele possa entrar!
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam."
(Sl 23)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

PREPARANDO O NATAL

Durante quatro semanas, a Igreja nos prepara para celebrarmos o nascimento de Jesus Cristo. Embora distante no tempo, o Natal de Belém, é um acontecimento atual, porque o Senhor Menino continua nascendo entre nós cada dia, a cada instante, nos gestos de amor, nos testemunhos de justiça e nos sinais de fraternidade, até o fim da história. Ele veio ao mundo para revelar o Pai e propor que os seres humanos vivam como irmãos; para fazer-se presente entre nós, na medida em que a convivência humana se enriquece com relacionamentos fraternos. Infelizmente a humanidade tem sido lenta na aprendizagem dessa virtude, pois ainda soletra mal a cartilha da fraternidade. Mais de 20 séculos de civilização cristã não bastaram para a terra tornar-se o berço da reconciliação universal profetizada por Isaías, mundo em que o cordeiro e o lobo são amigos e as criancinhas não se envenenem ao brincarem com a serpente.
Dia 25 deste mês, festejamos o nascimento de Jesus. É uma solene data no calendário litúrgico, assinalada por uma celebração que toca muito o coração das pessoas, mesmo o das que não se pautam pelas propostas da Igreja. Entretanto toda celebração da fé implica um compromisso. Não se pode, portanto, comemorar o Natal numa sociedade onde se encontrem seres humanos miseráveis, que buscam sobras de alimentos em torno de mesas fartas e árvores carregadas de presentes, à vista de gente que nada possui. Atrás da cortina sonora das músicas natalinas, ouvem-se ainda os gemidos dos pobres, os preferidos do Menino de Belém. Tamanha desigualdade nega o Natal. É possível celebrá-lo num contexto tão contrário ao projeto de Deus?
A Igreja nos oferece o Advento para apressarmos a conclusão do reino messiânico inaugurado por aquela criança nascida pobre, na humildade de uma gruta.
Dom Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O QUE É QUE DEUS ESPERA DE MIM?

"Senhor, que queres tu que eu faça? Mostra-me o caminho a seguir.
Nas decisões que devo tomar hoje, o que é que pode orientar a minha escolha?
O meu conforto?
O meu sucesso e a minha glória pessoal?
Ensina-me a repetir com toda a verdade: 'Pai, que o teu nome seja santificado, que a tua vontade seja feita...'
É abrindo os olhos, as mãos, o coração aos outros, àqueles que estão à espera de um pouco mais de justiça, de paz e de ternura que poderei descobrir o que queres que eu faça.
Jesus, tu que partilhaste as alegrias e os sofrimentos dos homens, sê meu companheiro nas humildes tarefas de cada dia e nas minhas escolhas.
Espírito Santo, que as provas que eu encontre não me fechem sobre mim mesmo, que elas sejam ocasião para escutar o sofrimento dos outros e para me unir a Jesus que deu a sua vida".
Padre Jean-Emile Anizan
Fundador da Congregação Religiosa "Filhos da Caridade".

JESUS É O MESSIAS?

Muitas pessoas na época de Jesus Cristo estavam curiosos e m saber se Ele é o verdadeiro Messias (Messiah). Jesus é Deus e seu messianismo não é teoria ou simples palavras, porém, tem um sentido muito prático.
O messianismo de Jesus Cristo se caracteriza em:
  1. Por ordem no mundo: Deus é Criador onipotente, onisciente e onipresente.
  2. Defende e trabalha pela justiça: Deus sabe que a justiça se baseia nas condições humanas que todas as pessoas tem direito, e conta com a nossa colaboação para promover a justiça.
  3. Salvação: Somente Deus salva e nenhum outro meio, inventado pelo ser humano pode conduzir os seres vivos à salvação.
  4. Reintegra as pessoas na sociedade: Curar os doentes, libertar o ser humano e ver as pessoas enxergarem a realidade com outros olhos é sinal da salvação Divina, na medida em que há inclusão e não exclusão humana.
Jesus é o Messias, o verdadeiro Deus que veio ao mundo caminhando e ensinando as pessoas, mostrando que a Salvação não é gesto abstrato, mas, uma prática de vida.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

São João da Cruz (14 de dezembro)

Tereza de Jesus chamava-o de seu pequeno Sêneca, brincava amavelmente com a sua baixa estatura apelidando-o de meio homem, mas não hesitava em considerá-lo o pai de sua alma, afirmando também que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. Vinte e sete anos mais jovem que Tereza (nasceu em 1542 em Fontiveros) João de Yepes é uma das figuras mais desconcertantes e ao mesmo tempo mais transparentes da mística moderna.
Verdadeiro mestre de vida espiritual, resumia o novo ideal da vida monástica em breves sentenças: "Não faça coisa alguma, nem diga palavra alguma, que Cristo não faria ou não diria se se encontrasse nas mesmas circunstâncias de você, e tivesse a mesma saúde e idade suas". "Nada peça a não ser a cruz, e precisamente sem consolação, pois isso é perfeito". "Renuncie a seus desejos e encontrará o que o seu coração deseja".
Ingressou na Ordem dos Carmelitas aos 21 anos, após ter dado prova de sua imperícia nas várias ocupações às quais a família, muito pobre, tentou encaminhá-lo. Foi atacado por uma grande desilusão pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os conventos carmelitas. Quis remediar passando dos carmelitas aos cartuxos, cujas regras severas pareciam mais condizentes com seu fervor ascético. Mas a essas alturas aconteceu o seu encontro com Teresa de Jesus, a reformadora dos carmelitas.
A santa fundadora tinha em mente ampliar a reforma também aos conventos masculinos da Ordem Carmelita, e seu tino delicado fê-la entrever naquele jovem frade, pequeno, extremamente sério, fisicamente insignificante, mas rico interiormente, o sócio ideal para levar adiante o seu corajoso projeto. E o jovem de 25 anos deu logo prova de grande coragem. Desde esse dia trocou o nome, chamando-se João da Cruz e pôs mãos à obra na reforma, fundando em Durvelo o primeiro convento dos carmelitas descalços. Mas a volta à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações: em 1577 foi até preso por oito meses no cárcere de Toledo. Mas foi nessas trevas exteriores que se acendeu a grande chama da sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da Noite escura da alma, da Subida do monte Carmelo, do Cântico Espiritual e da Chama de amor viva. Morreu no convento de Ubeda, aos 49 anos, a 14 de novembro de 1591. Canonizado em 1726, dois séculos depois Pio XI lhe conferiu o título de doutor da Igreja.
"UM SANTO PARA CADA DIA"
Mario Sgarbossa
Luigi Giovannini

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A MORTE DE JOÃO BATISTA É SINAL DA MORTE DE JESUS.

Até a chegada da revelação de Deus em Jesus Cristo, muitos profetas deram sua vida em prol do projeto de vida e liberdade de Deus para o seu povo eleito. Infelizmente, o movimento profético incomodava os privilegiados de todas as épocas históricas e assim, Jesus Cristo criticava estas pessoas que perseguiam e matavam os oráculos de Deus.
A missão dos profetas era colocar uma ordem mais justa numa sociedade muita injusta e esta atuação incomodava os ricos. Estas elites incomodadas tramavam contra a vida dos profetas inclusive, Elias e João Batista são exemplos destes martírios.
Com a chegada de Jesus Cristo, tal situação não foi diferente. O Filho de Deus foi perseguido pelos fariseus, mestres da Lei, herodianos, saduceus e outras pessoas ricas, culminando na crucificação de Jesus Cristo. Portanto, quem segue Jesus Cristo será odiado por uns e admirado por outros e mesmo diante do desafio, vamos:
"AMAR COMO JESUS AMOU,
SONHAR COMO JESUS SONHOU,
PENSAR COMO JESUS PENSOU,
VIVER COMO JESUS VIVEU,
SENTIR O QUE JESUS SENTIA,
SORRIR COMO JESUS SORRIA,
E AO CHEGAR O FIM DO DIA,
EU SEI QUE SENTIRIA MUITO MAIS FELIZ".

SAN JUAN DIEGO (11 de Dezembro)

Juan Diego, natural do México e viveu de 1474 a 1548, pertencia à mais numerosa e baixa classe do império azteca e era um índio muito pobre. Ao pé do monte Tepeyac, ele teve uma visão pela qual Nossa Senhora aparecia a ele, pedindo que o indígena fosse conversar com o bispo para erigir uma Igreja neste monte. O bispo da diocese, João de Zumarraga não dava ouvidos a Juan Diego e depois de tanta insistência por parte do nativo, o episcopo concordava com tal pedido desde que houvesse uma prova capaz de provar a aparição da Virgem Santa.
Durante este período de busca pela prova, o tio de Juan Diogo caiu enfermo e esteve à beira da morte, porém, com a intercessão de Nossa Senhora, Deus providenciou a recuperação de sua saúde e por fim, de um lugar árido e castigado pelo inverno, nasceram rosas vermelhas dadas por Nossa Senhora de Guadalupe ao indio a fim de que fossem apresentadas ao bispo.
Quando Juan Diego chegou na Igreja, o bispo não acreditava no surgimento de alguma prova. Foi neste momento, com a Igreja lotada que Juan Diego entregou as rosas (flores impossíveis de serem colhidas no México, principalmente no inverno) no altar e no tecido estava estampada a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.
Desde então, a devoção à Nossa Senhora de Guadalupe cresceu e hoje na cidade do México - DF, é o maior gesto devocional do continente americano. A Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe se situa na cidade do México e está erigida na praça Pan-Americana.
"Ó Deus, que o exemplo de vossos santos nos leve a uma vida mais perfeita e, celebrando hoje a memória de San Juan Diego, imitemos constantemente suas ações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo".

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

III DOMINGO DO ADVENTO - Eis que envio o meu mensageiro à tua frente.

Mensageiro é aquela pessoa que leva mensagem ao outro e dependendo da mensagem, muitas pessoas desejam saber quem é o mensageiro.
Neste terceiro domingo do advento, também chamada de "gaudette" ou "domingo da alegria" as pessoas vão perguntar a Jesus Cristo se Ele é o Messias esperado pelo povo judeu. Jesus Cristo não fala abertamente "Eu sou o Messias", mas mostra alguns sinais messiânicos em favor dos pobres, marginalizados e excluídos da sociedade. Os pobres da época de Jesus Cristo são os cegos, surdos, paralíticos, mudos, exilados, leprosos, os mortos socialmente e os oprimidos pelos ricos. Jesus Cristo atua por estas pessoas pertencentes à classe desfavorecida, onde a vida está mais ameaçada. Na continuidade da missão salvadora, a nossa Igreja é chamada a atuar pelos novos rostos de pobreza - migrantes, enfermos, soropositivos, detentos e moradores de rua - desafiada a fazer boas obras em prol dos novos rostos de pobreza.
Também, Jesus Cristo não delega sua missão a ninguém e num bonito gesto de humanidade, fala muito bem de João Batista o mensageiro precursor que prepara o caminho do Senhor. João Batista preparou o caminho do Senhor e agora, somos chamados a fazer o mesmo, trabalhando pela evangelização e levando as pessoas ao encontro com Cristo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA (08 de Dezembro)

Para ser a Mãe do Salvador, Maria "foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função" (LG 56). No momento da anunciação o anjo Gabriel a saúda como "cheia de graça" (Lc 1, 28). Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de Deus.
Ao longo dos séculos a Igreja tomou consciência de que Maria, "cumulada de graça" por Deus, foi redimida desde a concepção. É isto que confessa o dogma da Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo papa Pio IX:
"A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda a mancha de pecado original". (Ds 2803)
Esta "santidade inteiramente singular" da qual Maria é "enriquecida desde o primeiro instante de seu nascimento" lhe vem inteiramente de Cristo: "em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime" (LG 53). Mais do que qualquer outra pessoa criada, o Pai a "abençoou com toda a sorte de bençãos espirituais, nos céus, em Cristo" (Ef 1, 3). Ele a "escolheu nele, desde antes da fundação do mundo, para ser santa e imaculada na sua presença, no amor". (Ef 1,4).
Os padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus "a toda santa" (Panaghia), celebram-na como "imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, e formada como nova criatura" (LG 56). Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a sua vida.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
A IMACULADA CONCEIÇÃO (CIC 490)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SANTO AMBRÓSIO (Bispo e Doutor da Igreja) - 07 de Dezembro

O jovem prefeito da Ligúria e da Emília, Ambrósio, nascido em Treves pelo ano de 340, era ainda catecúmeno, quando por aclamação popular subiu à sede episcopal em Milão. A respeito da religião cristã estava ainda por aprender quase tudo, e se dedicou sobretudo ao estudo da Sagrada Escritura com tanto empenho que logo a dominou. Ambrósio, porém, não era um intelectual puro; era sobretudo um ótimo administrador da comunidade cristã a ele confiada. Tornou-se um verdadeiro pai espiritual dos jovens imperadores Graciano, Valentiniano II e do temível Teodósio I que não hesitou em repreender asperamente, exigindo dele uma penitência pública de expiação quando, para conter uma revolta, fez massacrar a população de Tessalônica. Ambrósio é o símbolo da Igreja renascente, após os anos sofridos de vida escondida e das perseguições. Por meio dele a Igreja de Roma tratou sem sombra de servilismo com o poder público.
Foram as suas qualidades pessoais que impuseram o bispo de Milão à devota atenção de todos. A atividade diária de Ambrósio era dirigida antes de tudo à orientação da própria comunidade, e ele cumpria as suas tarefas pastorais dirigindo ao seu povo mais de uma homilia por semana. Santo Agostinho, que foi seu assíduo ouvinte, refere-nos em suas Confissões quão grande foi o prestígio da eloquência do bispo de Milão e quão eficaz o tom de voz deste apóstolo da amizade.
Os seus livros publicados e que chegaram até nós nada mais são que apressadas transcrições e reutilizações de discursos, pouco ou nada revisados. Os seus célebres Comentários exegéticos, antes de serem reunidos em volumes, tinham sido pregados à comunidade cristã de Milão. Aí encontramos o tom familiar do pastor que se dirige com amável simplicidade ao seu rebanho. Sente-se aí palpitar o coração de um grande bispo, que consegue suscitar a comoção nos ouvintes com argumentações carregadas de emotividade e de interesse. Como bom pastor gosta de fazer seu povo cantar. Compôs um bom número de hinos, alguns dos quais ainda hoje são bastante familiares na liturgia ambrosiana. Foi ele que introduziu no Ocidente o canto alternado dos salmos.
Entre os seus escritos que não tem realção direta com a sua pregação, recordamos os Deveres dos ministros, porque enfatizando o conhecido texto ciceroniano e acolhendo todos os elementos, demonstra que o cristianismo pode assimilar sem perigo de alterar o significado da Boa Nova os valores morais naturais que o mundo pagão, o romano em particular, soube expressar. Ambrósio morreu em Milão a 04 de abril de 397.
"UM SANTO PARA CADA DIA"
Mario Sgarbosa
Luigi Giovannini

domingo, 5 de dezembro de 2010

O BOM PASTOR

70...80...90... só uma não vejo: a ovelha de número cem. Estará perdida, vagando sozinha pelas ruas e vielas? Teria sido sequestrada? Teria sido vítima do tráfico de seres humanos? Estaria com fome, doente? Sem terra, sem teto, sem emprego, sem universidade? Entrou pelo mundo das drogas? Ou teria sido presa? Estaria viva? Enfim, por onde andará?
Eu sou o Bom Pastor, eu dei e dou a vida por minhas ovelhas. Vou em busca da ovelha perdida, ignorada, lá onde ela estiver.
Existem muitas ovelhas perdidas e ignoradas, mais do que vocês podem perceber! Elas não tem ninguém que as escute, que as olhe nos olhos, que tenha carinho e ternura diante de seu sofrimento, que participe de seus sonhos, de suas lutas, de suas alegrias e vitórias. Não tem quem caminhe com elas. Elas precisam de alguém, de um grupo, de uma comunidade. E vocês, jovens, precisam ir lá onde elas estão, lá nas novas fronteiras.
Eu sou o Bom Pastor deixo a vocês tudo aquilo que sou e tenho, para que vocês, jovens, revestidas e revestidos de minha força, sejam de fato, boas e bons pastores e conforme lhes pede este novo tempo.
Dou-lhes a segurança do meu cajado para que ele seja o compromisso de irem lá, onde estão outros jovens, levando amor no coração, palavras nos lábios e ternura no olhar.
Deixo-lhes minhas sandálias: o chão sagrado da realidade do jovem pobre, para que vocês sigam o caminho da justiça e deixem pegadas de amor.
Entrego-lhes o meu turbante, o turbante da mística e da espiritualidade que alarga os horizontes e que fará vocês pensarem a partir dos meus pensamentos.
Deixo-lhes o cinto da simplicidade com o qual quero vê-los e vê-las cingidos de ética, novo nome da transparência e honestidade.
Deixo-lhes o manto do desapego, do despojamento, que as tornará, os tornará simples e descomplicados.
Deixo-lhes a túnica do amor para cobrir a vida de bondade, de ternura e de solidariedade.
Dou-lhes meus ouvidos para que vocês possam ouvir seus familiares, amigos e amigas...
Ouvir os clamores, os gritos que nascem da terra, da natureza e, sobretudo, o grito mudo dos jovens que esperam uma mão amiga.
Dou-lhes meus olhos para que vocês possam enxergar para além das aparências, para que vocês jovens vejam o coração das pessoas. Lembrem-se: é a paixão que traz brilho no olhar.
Deixo-lhes meus pés, para abrirem caminhos novos, pisarem o chão da vida, com o compromisso de ajudarem na construção de um mundo mais justo e fraterno.
A vocês dou minhas entranhas, meu coração para que amem e sintam-se amadas, amados. Que o coração de vocês pulse pelas causas maiores da humanidade: a paz, o combate à fome, a tolerância religiosa, a saúde, a moradia, a terra, a educação de qualidade para todos.
Dou-lhes as minhas mãos para que trabalhem pelo estabelecimento da justiça e do direito: o Reino de Deus.
Entrego-lhes a minha boca, para que vocês anunciem o que a amente não pode mais calar, para que se realize a boa notícia: "Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância".
Recebam a minha benção, para que sejam uma benção para todas as pessoas que se aproximarem de vocês: em casa, na rua, no bairro, na escola, no local de trabalho, na Comunidade Cristã.
Envio vocês! Continuaremos caminhando juntos. Já sabem, eu estou sempre com vocês!
"Estarei com vocês até o fim!"

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ELE VEM NOS TRAZER A SALVAÇÃO (II Domingo do Tempo do Advento - Ano A)

Neste domingo (05/12) o Evangelho nos apresenta João Batista. Duas atitudes do último dos profetas, antes do Filho de Deus, nos ajudam a preparar o coração para a chegada de Jesus Cristo
  • AUSTERIDADE
João Batista se apresenta vestido com roupas simples e comendo na simplicidade, sem por isso perder sua dignidade humana. Então, porque será que muitas famílias brasileiras transformam o Natal numa festa de consumo desenfreado?
João Batista prega no deserto, longe das cidades e de seus meios alienantes. Bem sabemos que nas megalópoles muitos meios influenciam a todos, inclusive muitos pobres que neste período "acreditam" serem ricos financeiramente.
As páginas bíblicas apontam e alertam para a cultura da austeridade, pois como dizia Gandhi:
"A natureza pode suprir todas as necessidades humanas, menos a ganância".
  • METANOIA
O termo grego "metanoia" significa (meta: mudança; noia: cabeça). Desta forma, metanoia significa mudar a nossa cabeça, a nossa mentalidade segundo o Evangelho de Jesus Cristo. A mudança de mentalidade passa por "endireitar as veredas" ou seja, trabalhar e se comportar diferentemente do sistema econômico vigente. Somos chamados a não ser bichos predadores uns dos outros, evitar preconceitos de qualquer gênero, formar, ao invés de deformar, a nossa consciência e a dos outros (não sejamos fariseus e nem saduceus), enfim vamos ser pessoas espirituais testemunhando os dons do Espírito Santo - Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus - em todos os lugares, família, comunidade e sociedade.
Jesus Cristo vem trazer a Salvação (Ele mesmo é a Salvação) e feliz daquele(a) que acolhe esta "salvatio" pois estará acolhendo o próprio Filho de Deus.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SANTO ANDRÉ (30 de novembro - Padroeiro da Diocese de Santo André)

André era irmão de Simão Pedro e como ele pescador em Cafarnaum, para onde tinham migrado ambos da cidade natal de Betsaida. Jesus, - é demonstrado pelas profissões exercidas pelos doze apóstolos - deu preferência aos pescadores, embora no meio do colégio apostólico os agricultores estivessem representados por Tiago Menor e seu irmão Judas Tadeu, e os comerciantes e homens de negócio estão honrados pela presença de Mateus. Dos doze, o primeiro a ser tirado das tranquilas e fecundas águas do lago de Tiberíades para receber o título pescador de homens, foi justamente André, seguido logo de João.
Os dois primeiros chamados haviam já respondido ao apelo do Batista, cujo grito os arrancava da pacífica vida do dia a dia para prepará-los para a iminente chegada do Messias. Quando o austero profeta lhes indicou Jesus, André e João se aproximaram dele e com emocionante simplicidade limitaram-se a perguntar-lhe: "Onde moras?", sinal evidente de que em seu coração já haviam feito a escolha.
André foi também o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre: "André encontrou primeiro seu irmão Simão e lhe disse: 'Achamos o Messias'. E o conduziu a Jesus". Por isso André ocupa um lugar eminente no elenco dos apóstolos: os evangelistas Mateus e Lucas colocam-no no segundo lugar, logo depois de Pedro.
O Evangelho menciona o apóstolo André outras três vezes: na multiplicação dos pães, quando apresenta o menino com alguns pães de cevada e poucos peixinhos; quando se faz intermediário do desejo de forasteiros vindos a Jerusalém para serem apresentados a Cristo, e quando com a sua pergunta provoca a predição de Jesus da destruição de jerusalém.
Após a Ascensão, a Escritura cala por completo o seu nome. Os numerosos escritos apócrifos que procuram preencher de qualquer modo eese silêncio são muito cheios de fábulas para merecer crédito. A única notícia provável é que André tenha anunciado a Boa Nova em uma região de bárbaros, a selvagem Sícia, na Rússia meridional, como refere o historiador Eusébio. Também a respeito do seu martírio não há informações certas. A morte na cruz (uma cruz de braços iguais) é referido por uma Paixão apócrifa.
Igual incerteza tem suas relíquias, transportadas de Patrasso, provável lugar de seu martírio, para Constantinopla, depois para Amalfi. A cabeça, trazida a Roma em 1462, foi restituída à Grécia por Paulo VI. Antiga é a data de sua festa, lembrada a 30 de novembro já por São Gregório Nazianzeno.

sábado, 27 de novembro de 2010

PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO (ANO A)

Muitas religiões desejam colocar um dia preciso para a segunda vinda de Jesus Cristo. Na verdade, para nós católicos, Jesus Cristo sempre vem na celebração eucarística e diante deste fato, para melhor receber o primeiro Filho da Caridade que existiu, as páginas bíblicas nos dão algumas luzes de esperança e compromisso:
  1. Ir à comunidade: Exceto os doentes, somente na comunidade podemos receber Jesus Cristo eucarístico.
  2. Dar e receber o Perdão: Ninguém pode julgar ou condenar o seu semelhante. Preparar o coração para o Natal significa perdoar a todos, como Deus nos perdoa.
  3. Seguir os Caminhos do Senhor: Vamos ser honestos, evitar o pecado da gula, as bebedeiras, as aventuras sexuais e nada de brigas ou rivalidades.
  4. Viver conforme a filosofia da não violência: É importantíssimo trocar as nossas ferramentas de vingança (armas, fofocas, tramas maquiavélicas) pelos instrumentos de trabalho, capazes de levar vida ao semelhante (mãos, arado)
  5. Afastemo-nos e Combatamos o Mal: Lembremos que o mal é vencido muitas vezes por atitudes boas.

São algumas pistas de gestos concretos e sempre nos lembremos que Jesus Cristo quer nascer em cada coração humano, porém, Ele respeita a vontade de cada um de nós.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

S. Leonardo de Porto Maurício (26 de Novembro)

O santo da via-sacra e da Imaculada Conceição, o frade que salvou o Coliseu de uma ruína total, o pregador inflamado da paixão de Cristo. São esses os títulos de São leonardo de Porto Maurício. Lígure nasceu em 1676, filho de um capitão da marinha, Domingos Casanova, que o deixou órfão em tenra idade. Levado a Roma, fez os seus estudos no Colégio Romano e depois entrou no retiro de São Boaventura, sobre o Palatino, vestindo neste lugar o hábito franciscano. Desenvolveu sua atividade sacerdotal prevalentemente em Florença. As cruzes plantadas por seus confrades fora da Porta de São Miniato tornaram-se para ele outros tantos púlpitos ao aberto. Sobre a eficácia de sua palavra fundam-se alguns episódios da vida do santo. No fim de uma prédica sobre a Paixão, na Córsega, os homens endurecidos pelo ódio secular, descarregaram seus fuzis para cima e se abraçaram em sinal de paz.
Em Florença suas pregações constituiam uma advertência para todos os cidadãos. No jubileu de 1750, proclamado por Bento XIV, o papa Lambertini de Bolonha, fez muito sucesso a via-sacra pregada por frei Leonardo aos 27 de dezembro no Coliseu. Era a primeira vez que se celebrava um rito religioso no anfiteatro Flávio. Desde aquele ano a piedosa tradição se mantém até os nossos dias e toda Sexta-feira Santa o papa faz pessoalmente o rito penitencial.
Aquela primeira via-sacra teve também um grande merecimento para a arte: o Coliseu até aquele ano tinha servido como pedreira, mas depois daquela memorável via-sacra foi considerado lugar sagrado, meta de devotas peregrinações, e a sua demolição parou. Frei Leonardo era um grande devoto de Nossa Senhora e um apaixonado defensor da Imaculada Conceição. Convenceu o próprio pontífice a convocar um Concílio, isto é, um referendum entre os bispos, para proceder depois à proclamação do dogma.
O papa Lambertini preparou para este fim uma Bula que por várias causas, nunca foi publicada. Em 1751 frei Leonardo morria no predileto retiro de São Boaventura sobre o Palatino, e o próprio papa foi ajoelhar-se ao lado de seu corpo. Sobre o túmulo do santo foi exposta a carta profética escrita por São Leonardo pouco antes da morte. Nela preconizava-se a proclamação do dogma da Imaculada Conceição.
"Um Santo Para Cada Dia"
Mario Sgarbossa
Luigi Giovannini

terça-feira, 23 de novembro de 2010

SANTO ANDRÉ DUNG-LAC, PRESBÍTERO, E SEUS COMPANHEIROS MÁRTIRES (24 de Novembro)

No extremo oriente da Ásia, nas regiões do Vietnã de hoje, o Evangelho já vinha sendo anunciado desde o século XVI. Contudo, de 1625 a 1886, excetuados breves períodos de paz, os governantes dessas regiões tudo fizeram para despertar o ódio contra a religião cristã e os discípulos de Cristo. Quanto mais perseguidos, maior o fervor cristão, tendo como resultado um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, no dia 19 de junho de 1988, inscreveu 117 deles no rol dos mártires. Entre eles contam-se 11 missionários dominicanos espanhóis, 10 franceses e 96 mártires vietnamitas. Oito são bispos, 50 sacerdotes e 59 leigos, de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e, alguns, catequistas, seminaristas e militares.

domingo, 21 de novembro de 2010

SANTA CECÍLIA (22 de Novembro)

A popularidade da devoção para com a virgem e mártir romana fez com que o novo calendário litúrgico conservasse sua memória, embora faltem testemunhos anteiores ao século VI. Esta devoção e também o patrocínio de Santa Cecília sobre a música sagrada, devem-se de fato à sua Paixão que é posterior a 486. Nesse relato, Cecília é identificada como uma santo homônima, sepultada nas catacumbas de São Calisto e que teria sofrido o martírio durante o império de Alexandre Severo, pelo ano de 230.
"O culto de santa Cecília - lê-se na Liturgia das Horas - em honra da qual no século V foi construída em Roma uma basílica, difundiu-se por causa de sua paixão. Nela, Cecília é exaltada como o modelo mais perfeito de mulher cristã, que por amor de Cristo professou a virgindade e sofreu o martírio."
Cecília, nobre e rica, ia diariamente assistir à missa celebrada pelo papa Urbano nas catacumbas da via Ápia, aguardada por uma multidão de pobres, que conheciam a sua generosidade. Cecília, noiva de Valeriano, no dia das núpcias, "enquanto os órgãos tocavam, ela cantava em seu coração somente para o Senhor"(deste trecho da sua paixão teve origem o patrocínio de Cecília sobre a música sagrada); depois, quando chegou à noite, a jovem disse a Valeriano: "Nenhuma mão humana pode me tocar, pois sou protegida por um anjo. Se você me respeitar, ele amará você, como me ama".
O esposo decepcionado, não teve alternativa: seguiu o conselho de Cecília. Fez-se instruir e batizar pelo papa urbano e depois participou do mesmo ideal de pureza da esposa, recebendo em recompensa a mesma sorte gloriosa: a palma do martírio, ao qual, pela graça de Deus, foi associado também o irmão de Valeriano, Tibúrcio. Apesar dessa narrativa parecer fruto de piedosa fantasia, os mártires Valeriano e Tibúrcio, sepultados nas catacumbas de Pretestato, são historicamente certos. Após o processo, referido com abundância de detalhes pelo autor da paixão, Cecília condenada à decapitação, recebeu 3 golpes do algoz sem que sua cabeça caísse: ela havia pedido e obtido a graça de rever o papa Urbano antes de morrer.
Aguardando essa visita, ela continuou ainda três dias professando a fé. Não podendo proferir palavras expressou com os dedos seu credo em Deus Uno e Trino. É nesta atitude que Maderno a esculpiu na célebre estátua.
"Um Santo Para Cada Dia"
Mario Sgarbossa
Luigi Giovannini.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Zumbi dos Palmares (20 de Novembro)

Zumbi nasceu em Palmares (Alagoas) no ano de 1655. Ele foi capturado e entregue a uma missionário português com 06 anos de idade. Como nome de batismo adotou Francisco, recebeu os Sacramentos e aprendeu português e latim. Ao tentar ser aculturado pelos portugueses, Zumbi escapou e retornou ao Quilombo usando suas habilidades aprendidas e aos 20 anos era conhecido como um bom estrategista militar.
O Quilombo dos Palmares era uma organização forte, capaz de fazer resistência aos poderosos da época. Numa tentativa de ter paz com o Quilombo, a coroa portuguesa propôs um acordo desde que os negros submetessem à coroa portuguesa. Ganga Zumba estava disposto a aceitar, entretanto, Zumbi não aceita este acordo e chega à liderança do Quilombo dos Palmares. Não se tem provas, porém, alguns historiadores afirmam que Zumbi assassinou Ganga Zumba.
Continuando a tensão entre monarquia e o Quilombo dos Palmares, uma missão comandada militarmente por Domingo Jorge Velho em 06/02/1694 destrói a capital de Palmares e fere Zumbi. Depois Antonio Soares é traidor de Zumbi, tramando para que os soldados liderados pelo capitão Furtado de Mendonça matem Zumbi no dia 20/11/1695.
Para intimidar os possíveis resistentes, os militares cortam a cabeça de Zumbi e colocam-na no poste mais alto da cidade e além disto, este gesto deseja desvalorizar a crença dos negros na imortalidade de Zumbi.
Olhando a história, observamos que Zumbi está vivo, nas manifestações populares dos afrodescendentes e em cada missa rezada, bem como na valorização cultural afro o reino de Deus também acontece.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SOLENIDADE DE CRISTO REI

Fracassado para uns, realizado para outros,
Insultado por uns, glorificado por outros,
Incompreendido por uns, compreendido por outros,
Crucificado por uns, ressuscitado por Deus e anunciado por nós.
A solenidade de Cristo Rei marca o fim deste tempo litúrgico (Ano C) e abre as portas para o Advento. Que preparemos o nosso coração-lar à festa de Natal, testemunhando:
  • Serviço: É melhor dar que receber.
  • Humildade: Que trabalhemos com humildade para que Jesus Cristo apareça na vida das famílias.
Evitemos a sede de prestígio e poder e em tudo o que fizermos, Jesus Cristo seja o centro. O Filho de Deus, o Primeiro Filho da Caridade que existiu, foi humano, tão humano que somente poderia ser Deus.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CONSAGRAÇÃO DAS BASÍLICAS DOS SANTOS APÓSTOLOS PEDRO E PAULO (18 de Novembro)

A memória da dedicação das basílicas dos santos apóstolos Pedro e Paulo é uma nova oportunidade, a quarta do ano, para se refletir sobre a figura e a obra dos Príncipes dos apóstolos e também sobre o culto excepcional a eles tributado através dos séculos. São Pedro e São Paulo, induzidos pelas circunstâncias, tentaram fazer um pequeno balanço de tudo o que o Senhor havia operado por meio deles. Escrevendo "aos que haviam recebido o mesmo destino com a mesma fé preciosa pela misericórdia de Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" entre outras coisas Pedro declara: "Eu acho certo enquanto estiver nesta tenda do corpo, mantê-los atentos com minhas exortações, sabendo que logo deverei deixar esta tenda, como o Senhor me deu a entender, o Nosso Senhor Jesus Cristo. Procurarei que também após a minha partida vocês se lembrem destas coisas. Com efeito, não foi seguindo fábulas sutis, mas por termos sido testemunhas oculares de sua majestade, que lhes demos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esta voz a ouvimos quando lhe foi dirigida do céu, ao estarmos com ele no monte santo" (2 Pd 1, 13-18).
Por sua vez São Paulo confiava a seu "verdadeiro filho na fé", São Timóteo: "Sou agradecido para com aquele que me deu força, Cristo jesus, Nosso Senhor, que me julgou fiel, tomando-me para seu serviço. Superabundou, porém, para mim, a graça de Nosso Senhor, com a fé e com o amor que há em Cristo Jesus. Se por esta razão me foi feita misericórdia, foi para que em mim, por primeiro Cristo Jesus demonstrasse toda a sua longanimidade, como exemplo para quantos nele hão de crer, para a vida eterna"(1 Tm 1, 12-16).
Na qualidades de salvos, o ministério entre o povo de Deus e o supremo testemunho com o derramamento de sangue atraíram aos apóstolos Pedro e Paulo um culto de que são clara manifestação as basílicas cuja dedicação hoje comemoramos. As basílicas foram construídas respectivamente, pelos papas Silvestre (314-335) e Siríaco (384-399).

terça-feira, 16 de novembro de 2010

SANTA ISABEL DE HUNGRIA (17 de Novembro)

Noiva aos 4 anos, casada aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20, Isabel, princesa da Hungria e duquesa da Turingia, encerrou sua vida terrena aos 24 anos a 17 de novembro de 1231. Quatro anos depois o papa Gregório IX a elevava às honras dos altares. Vistas assim, em rápida sucessão, as etapas da sua vida tem a cor de fábula, mas se olharmos para além do quadro oleográfico desta jovem santa, aí descobriremos autênticas maravilhas da graça e da virtude.
Seu pai, o rei André II da Hungria, primo do imperador da Alemanha, a havia prometido para esposa de Luis, dos duques da Turingia, de apenas 11 anos; 9 anos depois foram celebradas as núpcias, e embora tivesse um casamento decidido pelos pais, foi um matrimônio de amor e um feliz entrosamento entre a ascese cristã e a felicidade humana, entre o diadema real e a auréola da santidade. A jovem duquesa suscitou a animosidade da sogra e da cunhada por não querer ir à Igreja adornada com os preciosos atavios da sua casta: "Como poderia - disse candidamente - usar uma coroa tão preciosa diante de um rei coroado de espinhos? "Somente o marido, ternamente enamorado por ela, quis mostrar-se digno de uma criatura tão linda de rosto e de alma e tomou por brasão na sua divisa três palavras que também exprimiram concretamente o programa de sua vida pública: "Piedade, Pureza e Justiça".
Cresceram juntos na emulação recíproca, confortados e sustentados pela devoção; seu amor e a felicidade que dele derivara era um dom sacramental. Confidenciava a jovem duquesa à doméstica e amiga Isentrude: "Se eu amo de tal modo uma criatura mortal, como deveria amar ao Senhor imortal, dono da minha alma?"
Aos 15 anos Isabel teve o seu primeiro filho, aos 17 uma menina e aos 20, outra menina, quando já fazia três semanas que tinha perdido o marido, morto durante a cruzada à qual havia aderido com entusiasmo juvenil. Nessa oportunidade Isabel tinha dado o seu contributo, privando-se de tudo o que possuia para construir um hospital em Marburg, em honra de São Francisco, seu contemporâneo. Ficando viúva, desencadearam-se contra ela os maus humores dos cunhados, que não suportavam sua generosidade para com os pobres. Separaram-na dos filhos e expulsaram-na do castelo de Wartemburg. Então, pôde viver o pleno ideal franciscano de pobreza, entrando na Ordem Terceira, para dedicar-se em absoluta obediência às diretivas de um rígido e intransigente confessor e às atividades assistenciais.
Um Santo para cada Dia
Mario Sgarbossa
Luigi Giovannini.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SANTA MARGARIDA DA ESCÓCIA E SANTA GERTRUDES (16 de novembro)

No canteiro da santidade são muitas as Margaridas, floridas em grande parte nos jardins reais, como a demonstrarem que não é impossível 0 casamento entre o diadema da realeza e a eterna bem-aventurança. Entre as muitas santas que tem esse nome, a rainha Margarida da Escócia está entre as mais privilegiadas, tendo conseguido a santidade não pelos difícies caminhos da dor e da humilhação, mas na alegria e simplicidade. Nasceu em 1046 na Hungria, onde seu pai Edward Aetheling e sua mãe Águeda viviam exilados porque o reino da Inglaterra havia passado para o rei Canuto. Com a morte desse rei puderam reentrar na pátria.
Houve outra fuga durante as guerras entre dinamarqueses e normandos. Margarida ficou na Escócia, onde conheceu o rei Malcolm III, pelo qual foi pedida em casamento, subindo aos 24 anos ao trono da Escócia. Da sua união nasceram seis filhos homens e duas mulheres, educados cristãmente pela piedosa Margarida. Ela cuidou igualmente com o mesmo amor, do bom andamento familiar e da educação religiosa e civil do seu povo, consentido pelo marido, homem rude e ignorante (não sabia ler nem escrever). Este soube valer-se da ajuda da esposa, culta e sábia e imitando-lhe, a seu modo, o fervor religioso beijava os livros de devoção, uma vez que não sabia ler.
Margarida morreu a 16 de novembro de 1093 em Edimburgo e foi sepultada em Duferline. Foi canonizada em 1249.
Santa Gertrudes, chamada a Grande, para distingui-la de uma dúzia de outras santas do mesmo nome, nasceu sete anos depois em 1256. Seus pais confiaram sua educação ao mosteiro cisterciense de Helfta, na Turíngia, onde Gertrudes teve uma sólida formação humanista e religiosa. Mais tarde, aos 25 anos, quando depois de recitar as completas, teve a primeira visão que transformou sua vida (é ela mesmo que conta). Jesus reprovou seu excesso de aplicação aos estudos.
Desde aquele momento Gertrudes se tornou uma alma essencialmente contemplativa, acentuando sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus, à eucaristia, conformando sua imensa piedade às sucessivas experiências místicas. A sua vida "tornou-se um hino perene a Cristo". Morreu a 17 de novembro de 1301 e embora nunca tenha sido oficialmente canonizada, desde 1738 a sua festa litúrgica foi celebrada em toda a Igreja. Santa Gertrudes é a padroeira das Índias ocidentais.
Um Santo Para cada Dia
Mario Sgarbossa
Luigi Giovannini

domingo, 14 de novembro de 2010

Santo Alberto Magno (15 de Novembro)

Poucos sabem em Paris que a praça Maubert traz o nome do grande santo dominicano, festejado hoje. Maubert deriva de Magnus Albert. Alberto, o Grande, o doutor mestre de teologia, de filosofia e ciências naturais, que pela afluência de estudantes às suas lições na universidade de Paris, foi obrigado a ensinar em praça pública. Essa praça tem ainda o seu nome. Alberto nasceu em Lauingen (Baviera) em 1206. Aos 16 anos um tio o trouxe a Pádua para que completasse seus estudos universitários. Aqui encontrou o superior geral dos dominicanos, o bem-aventurado Jordão de Saxônia, que o encaminhou à vida religiosa.
Em 1229 Alberto vestiu o hábito dos frades pregadores e foi mandado para Colônia, onde havia a escola mais importante da Ordem. Verdadeiro gênio enciclopédico, foi capaz de navegar com extraordinária penetração nos diferentes campos do saber humano, desde as ciências naturais até as especulativas. O interesse universal pela cultura, segundo o espírito da época na qual a filosofia escolástica atingiu o máximo desenvolvimento, conviveu em perfeita harmonia com o empenho ascético de perfeição interior: "Senhor Jesus - rezava - imploramos a tua ajuda para não nos deixar seduzir pelas vãs palavras tentadoras sobre a nobreza da família, sobre o prestígio da Ordem, sobre o que a ciência tem de atrativo".
Ensinou em Hildesheim, em Friburgo, em Ratisbona, em Estrasburgo, Colônia e Paris. Teve entre seus alunos santo Tomás de Aquino, de quem previu os grandes dotes de pensador. Eleito superior provincial da Alemanha, abandonou a cátedra de Paris e quis estar constantemente presente à comunidade confiada aos seus cuidados. Percorreu a pé as regiões germânicas, pedindo esmola durante a viagem para comer e dormir. Convocado por Roma teve de aceitar a nomeação para bispo de Ratisbona. Tornou proverbial o seu total desapego às comunidades que seu alto cargo lhe podia dar: "No seu cofre não tinha um centavo, nenhuma gota de vinho na sua cantina".
Regeu a diocese somente por dois anos. Depois pediu e obteve a exoneração do cargo, voltando a viver a vida comum no seu convento de Wurzburg e a ensinar em Colônia. Já velho e cansado, para se preparar para bem morrer, fez erigir sua própria sepultura, junto a qual ia todos os dias recitar o Ofício dos mortos. Morreu em Colônia a 15 de novembro de 1280. Canonizado em 1931, Pio XII o proclamou patrono dos cultores das ciências naturais. Mereceu o apelido de Grande e doutor universal.

sábado, 13 de novembro de 2010

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Não adianta construírmos belos templos se o coração humano não se evangeliza, ou não é evangelizado.

Os problemas acontecem na vida do ser humano. Pelos jornais ficamos sabendo das catástrofes da natureza, do comportamento acomodado do ser humano que não quer trabalhar, das muitas maquinações maquiavélicas que algumas pessoas fazem para poder levar uma suposta vantagem sobre o outro, acreditando que serão felizes, enfim, muitos exemplos anticristãos observamos em nosso cotidiano.
Podemos até achar que tudo isto é o fim do mundo, como algumas eligiões defendem, mas na verdade, em tempos de crise, há a possibilidade de novos começos. Muitas pessoas se acham "Salvadoras da Pátria", mas na verdade o que faz um indivíduo e a sociedade crescer são:
1) A capacidade de refletir sobre o problema.
2) Tomar decisão com o uso da razão.
3) Agir de modo cristão.
Apesar de muitas maldades, a justiça ainda é fonte de esperança. Por isto, sejamos justos, e em cada momento de vitória alcançada, estaremos dando um novo passo, um novo recomeço para que o Reino de Deus continue no meio de nós e seja usufruido por muitos cristãos e cristãs.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

São Diogo (13 de Novembro)

É um dos santos mais populares da Espanha e da América Latina. É representado no humilde hábito de irmão leigo franciscano, com batina de saco, cordão e chaves para indicar suas funções de porteiro e cozinheiro do convento. O humilde e obediente frei Diogo, em se tratando de fazer o bem aos pobres, não hesitava em privar-se do próprio pão para levá-lo escondidamente a algum mendigo. E Deus mostrou que gostava deste gesto fazendo-o encontrar a cestinha de pães cheia de rosas. O prodígio foi recordado muitas vezes nas imagens populares ou nas igrejas franciscanas da Espanha, ou ainda nos dois ciclos de pinturas dos célebres Murillo e Anibal Carraci.
Frei Diogo de Alcalá tinha nascido de pais humildes por volta do ano 1400, em São Nicolau do Porto em Andaluzia, onde passou os anos juvenis em solidão e penitência. O jovem autodidata da ascese cristã levava uma vida eremítica às margens do povoado natal, dedicando-se à oração e à meditação. Para a sua parca alimentação bastavam-lhes os produtos de sua pequena horta. Quanto ao vestir remendava os panos que o povo dava em troca de modestos trabalhos artesanais. Como sempre acontece, quem mais dá mais recebe. Assim o jovem atraiu a si muitos doadores; para se furtar a eles julgou oportuno colocar-se sob a regra dos franciscanos de Arizafe, próximo a Córdoba, onde fez o noviciado como irmão leigo.
Em 1441 foi enviado como missionário às Ilhas Canárias. Naquelas felizes ilhas submersas pelo sol vegetava a idolatria. Frei Diogo trabalhou alegremente e cinco anos depois a obediência lhe impôs aceitar o cargo de guardião, isto é, de superior, não obstante ser ele um simples irmão leigo. Seu zelo deveria ser incômodo para os colonizadores que mantinham os indigenas na condição de escravos e tornaram-lhe a vida tão difícil que teve de voltar à Espanha em 1449.
Em 1450 fez uma peregrinação a Roma para assistir à canonização de São Bernardino de Sena. Hóspede do convento de Aracoeli, foi retido em Roma por uma grave epidemia, que o viu na vanguarda da obra de assistência aos doentes, unindo ao exercício prático da caridade os dons carismáticos de que era dotado para os atingidos da epidemia. Voltando à Espanha, continuou desenvolvendo os mesmos encargos de porteiro e cozinheiro em vários conventos, o último deles foi o de Alcalá de Henares, perto de Madrid, onde concluiu santamente sua vida terrena a 12 de novembro de 1463. Foi canonizado em 1588 por Sisto V.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

São Josafá (12 de Novembro)

A Rússia foi evangelizada pelos cristãos bizantinos pouco antes do cisma do século XI e seguiu a Igreja grega na separação de Roma, aceitando-lhe a dependência até 1589, quando se tornou autônoma com a elevação do metropolita de Moscou à dignidade de patriarca. Neste mesmo período a Rutênia havia passado do domínio russo ao polonês. Os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, puderam manter os autênticos ritos e as tradições da Igreja eslava. Neste clima ecumênico, que fazia pressagiar a composição do cisma do Oriente, nascia em 1580, de nobre família ortodoxa separada, João Kuncewycz, o futuro apóstolo da unidade dos cristãos do Oriente.
Partindo do grande dom comum aos cristãos, o batismo, João amadureceu a sua completa adesão à unidade com Roma, recebendo os outros bens, como a Palavra de Deus escrita, a vida da graça, a fé, a esperança e a caridade. A Igreja russa tinha de fato conservado intacto o essencial da fé e da estrutura eclesial, como os sacramentos, a liturgia, a antiga tradição apostólica e patrística, o culto dos santos, a devoção mariana, o profundo ascetismo. Foi precisamente a espiritualidade monástica oriental, cuja influência deu início a um grande florescimento da vida monástica na Europa, que trouxe João à completa união com Roma.
Vestindo a batina e convertendo-se à Igreja rutena unida, teve o privilégio de ser o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano unido, o da Santíssima Trindade de Vilna. Tinha vinte anos. Mudou o nome, recebendo o de Josafá, o nome bíblico do vale do Cédron, onde, segundo o profeta Joel, se reunirão as almas para o juízo final. Enxertando a antiga espiritualidade basiliana com as novas diretivas de ação dos jesuítas, dos quais acolheu e fez seu o jovem espírito missionário, Josafá, consagrado sacerdote, em seguida eleito arquimandrita e auxiliar do arcebispo Pólozk, empreendeu uma enorme atividade de apostolado para a reforma da vida monástica e para a unidade dos cristãos, a ponto de receber o apelido de "raptor de almas".
Eleito bispo, sucedeu ao arcebispo Pólozk. Foi barbaramente assassinado por um grupo de facínoras a 12 de novembro de 1623 em Vitebst, na Rússia Branca, porque o seu zelo e sua benemérita ação pela união com a Igreja de Roma havia-lhe atraído o ódio dos ortodoxos separados. Foi canonizado por Pio IX em 1867. A memória obrigatória, decretada no novo calendário, tem um significado claramente ecumênico.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

São Martinho de Tours (11 de Novembro)

Martinho de Tours é um daqueles homens que fizeram falar de si gerações inteiras por ter sido protagonista daqueles atos capazes de acender a fantasia popular. Todos ouvimos falar do episódio em que São Martinho cavalgando, envolto na sua sua ampla manta de guarda imperial, encontra um pobre endurecido pelo frio e com gesto generoso corta em duas a manta, dando a metade ao pobre. À noite, em sonho, viu Jesus envolto naquela metade de manta sorrindo-lhe reconhecido.
Martinho, filho de um tribuno romano, nasceu em Sabaria, Panônia no ano 315. Aos 15 anos já vestia a divisa militar. O episódio da manta deve ser colocado nesse período, porque aos 18 anos abandonou a milícia, recebeu o batismo para seguir santo Hilário de Poitiers, seu mestre. Após um breve noviciado de vida eremítica na ilha Galinária, Martinho fundou alguns mosteiros: Ligugé, o mais antigo da Europa, e Marmoutier, destinado a se tornar um grande centro de vida religiosa.
Após uma pausa de vida contemplativa, abriu-se à ativa: Martinho, eleito bispo de Tours, tornou-se o grande evangelizador do centro da França. Tinha sido, como se disse, um soldado sem querer, monge por escolha e bispo por dever. Nos vinte e sete anos de vida episcopal ganhou o amor entusiasmado dos pobres, dos necessitados e de todos que sofriam injustiças, mas era mal visto por parte do clero que preferia a vida cômoda. Foi até repreendido por um certo padre Brício. Tornou-se proverbial: "Se Cristo suportou Judas, porque eu não suportaria Bricio?"
Morreu a 08 de novembro de 397 em Candes, durante uma visita pastoral. Seus funerais, três dias após, foram uma verdadeira apoteose. Pode ser considerado o primeiro santo não mártir a ter festa litúrgica.
A metade da celebérrima manta que são Martinho dividiu com um pobre em Amiens, tiradas numerosas franjas para enriquecer os vários reliquiários, foi guardada cuidadosamente numa capela. São Martinho deixou traços de si até no vocabulário.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

São Leão Magno (10 de Novembro)

O papa Leão, nascido em Toscana no fim do século IV, é lembrado nos textos de história pelo prestígio moral e político dos quais deu prova diante das ameaçãs dos hunos de Átila (que conseguiu prender no Míncio) e dos vândalos de Genserico (de quem amansou a ferocidade no saque de Roma em 455). Elevado ao trono pontifício em 440, Leão, nos vinte e um anos de pontificado (morreu a 10 de novembro de 461), realizou em torno de sua sede a unidade de toda a Igreja, impedindo a usurpação de jurisdição, eliminando abusos de poder, temperando as ambições do patriarcado constantinopolitano e do vicariato de Arles.
Não temos muitas notícias iográficas dele. O papa Leão não gostava de falar de si em seus escritos. Tinha uma ideia altíssima de sua funções: sabia assumir a dignidade, o poder e a solidão de Pedro, chefe dos apóstolos. Mas as suas atitudes, constante e rigidamente sacerdotais, hieráticas, não fazem um pano de fundo ao calor humano e também ao entusiasmo, que transparece nos 96 sermões e das 173 cartas que chegam a nós. De modo especial as homilias nos mostram o papa, um dos maiores da história da Igreja, paternalmente dedicado ao bem espiritual de seus filhos, aos quais fala com linguagem acessível, traduzindo seu pensamento em fórmulas sóbrias e eficazes para a prática da vida cristã.
As suas cartas, dado o estilo culto, atento a certas cadências eficazes, dão a medida de sua personalidade. Espírito muito compreensivo e de larga visão, não se apega a detalhes de uma questão doutrinal. Todavia participa ativamente na elaboração dogmática do grave problema tratado no concílio de Calcedonia, convocado pelo imperador do Oriente para a condenação do monofisismo.
A sua célebre Epístola dogmática a Flaviano, lida pelos delegados romanos que presidiam a assembleia, forneceu o sentido e, às vezes, as fórmulas da definição conciliar, criando assim uma efetiva unidade e solidariedade com a sede de Roma, caso único na história da Igreja, desde aquele período até hoje. Leão foi o primeiro papa que recebeu dos pósteros o apelido de Magno (grande), não só pelas qualidades literárias e pela firmeza com que sustentou o decadente império do Ocidente, mas pela estabilidade dogmática que transparece das suas cartas, dos seus sermões e das orações litúrgicas da época em que são evidentes a sobriedade e a precisão tipicamente leoninas.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dedicação da Basílica de Latrão (09 de Novembro)

Perguntou ainda o prefeito Rústico: "Onde vos reunis? " Justino respondeu: "Onde cada um pode e prefere; você pensa que todos nós nos reunimos num único lugar, mas não é assim, porque o Deus dos cristãos, que é invisível, não se circuncreve a um lugar, mas enche o céu e a terra e é venerado e glorificado em qualquer parte pelos seus fiéis". (Atas do martírio de São Justino e companheiros). Na sua franca resposta o grande apologista, São Justino, repetia diante do juiz aquilo que Jesus havia dito à samaritana: "Acredita-me mulher, vem a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora - e é agora - em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espírito e verdade; pois tais são os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade"(Jo 4, 21-24).
A festa de hoje, da dedicação da Basílica de Latrão, não está de modo algum em contradição com o testemunho de São Justino e com a Palavra de Cristo. Salvos o dever e o direito da oração sempre e em toda parte, é também verdade que desde os tempos apostólicos, a Igreja, enquanto grupo de pessoas, teve necessidade de alguns lugares onde reunir-se para orar, proclamando a Palavra de Deus e renovando o sacrifício da morte e ressurreição de Cristo, concretizando com suas palavras: "Tomai e comei todos; tomai e bebei todos, fazei isto em minha memória".
Inicialmente essas reuniòes eram feitas em casas particulares (domus casae), também porque a Igreja não tinha reconhecimento nenhum. Mas este reconhecimento veio sem muita demora. Há um singular episódio no início do século III, quando Alexandre Severo deu razão à comunidade cristã e um processo contra os hospedeiros, que reclamavam contra a transformação de uma hospedaria em lugar de culto cristão.
A basílica lateranense foi fundada pelo papa Melquíades (311-314) nas propriedades doadas para este fim, por Constantino, ao lado do palácio lateranense, até então resid6encia imperial e depois resid6encia pontifícia. Surgia assim uma Igreja-mãe de todas as igrejas de Roma e do mundo, destruída e reconstruída muitas vezes. Foram celebrados nela ou no antigo Palácio Lateranense nada menos que cinco Concílios nos anos de 1123, 1139, 1179, 1215 e 1512. "Mas o templo verdadeiro e vivo de Deus devemos ser nós", diz São Cesário de Arles.

sábado, 6 de novembro de 2010

S. Wilibrordo (07 de Novembro)

A evangelização da Alemanha do transreno teve início no século VII, no fim da época merovingia, por obra dos monges irlandeses e anglo-saxões, e atingiu o máximo desenvolvimento no século seguinte com a ação missionária de são Bonifácio. O primeiro a desembarcar na Frísia, nos países baixos, foi Wilfrido de York. Depois o abade Egberto, um mestre da vida espiritual da época, mandou Wilibrordo, originário de Nortúmbria, onde nascera em 658. Seu zelo pela difusão do Reino de Deus será o único motivo de sua dinâmica existência.
Este monge, que os biógrafos descrevem de pequena estatura, cabelos negros, de delicada constituição, com olhos profundos e vivos, encarna o tipo ideal de um monge ocidental: um trabalhador que não conhece pausa e nem crise de desânimo; austero, prudente, leal, tenaz, devoto do papa. Formado na abadia inglesa de Ripon, com a idade de vinte anos tinha ido à Irlanda para aperfeiçoar sua cultura teológica sob a guia do abade Egberto, que aos trinta anos o consagrou sacerdote.
Após o insucesso da missão de Wilfrido, foi mandado com onze companheiros para a Frísia. A vitória de Pepino de Herstal sobre o rei Radbod em 689 tornou mais fácil a campanha. Desembarcados na embocadura do Escaut, uma região de terras férteis, os missionários se dirigiram terra adentro, acolhidos com grande honra pelo duque Pepino. Mas Wilibrordo, antes de dar início à obra de evangelização, quis ir até Roma para obter o beneplácito do papa. De Sérgio I recebeu aprovação e encorajamento. Ao retornar, o monge escolheu Anversa como centro de seu apostolado e como quartel general das futuras fundações, das quais a mais célebre foi Utrecht.
Para erigir a nova sede diocesana na Frígia, Wilibrordo foi de novo a Roma, onde o papa Sérgio I, a 21 de novembro de 695, o consagrou bispo, com o nome Clemente (24 anos mais tarde Gregório II fez o mesmo com o monge saxão Wilfrido-Bonifácio). A partir deste momento seria difícil enumeral todas a s viagens do infatigável missionário, das margens do Reno até a Dinamarca. Fundou em Echternach (Luxemburgo) um pequeno convento e aí morreu a 07 de novembro de 739 com 81 anos de idade.
Foi um homem de ação e oração, e sobretudo um grande organizador, com destacado senso de comando, que lhe permitiu, graças também à formação de bispos auxiliares (uma novidade para o Ocidente), evitar as divisões das igrejas com a consequente dispersão da atividade pastoral.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

S. Leonardo de Noblac

É um dos santos mais populares da Europa central. Diz de fato um estudioso que em sua honra foram erigidas nada menos que 600 igrejas e capelas, e seu nome se encontra frequentemente na toponomástica e no folclore. O mesmo estudioso acrescenta que ele "com especial devoção sacudiu a época das cruzadas e entre os devotos sobressaiu o principe Boemundo de Antioquia, que prisioneiro dos infiéis no ano 1100, atribuiu sua libertação ao santo em 1103 e voltando à Europa, doou o santuário de são Leonardo Noblac, como voto, corrente de prata, parecida com as que o amarraram durante a prisão. São leonardo de Noblac (ou de Limoges) é um santo descoberto no início do século XI, e é a esse período que remontam as primeiras biografias, bastante lendárias.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Santos Zacarias e Isabel (05 de Novembro) - Parte 2

Com o Benedictus, considerado a última profecia do Antigo Testamento, Zacarias canta, na primeira parte, a Deus por ter mantido a promessa feita a nossos pais, enviando sobre a Terra o Salvador, que teria finalmente libertado o povo de seus inimigos, permitindo-lhe "servi-lo na santidade e na justiça, na sua presença, por todos os dias". A grande obra da salvação tinha começado a surdina, no silêncio e na oração na casa de Maria em Nazaré e naquela de Ain Karim, um povoado não bem identificado a cinco milhas de Jerusalém onde os cônjuges idosos Zacarias e Isabel aguardavam o nascimento do precursos de Jesus. Aqui aconteceu o encontro entre a Virgem Maria e sua prima Isabel, que "repleta do Espírito Santo" saudou a jovem parenta com as palavras que pelos séculos os cristãos repetem com a oração da Ave Maria: "bendita entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre".
Após o nascimento do filho João, no qual Zacarias exalta a grande missão de "batedor" de jesus para preparar as pessoas a receberem a salvação, os dois santos cônjuges desaparecem na sombra, dissipando-se como a tênue luz lunar pela luz solar de Cristo conforme uma lei que mais tarde seu filho proclamou: "Importa que ele (Cristo) cresça e eu diminua.
Santos Zacarias e Isabel, rogai por nós.

Santos Zacarias e Isabel (05 de novembro)

A Igreja Latina celebra no dia 05 de novembro a festa da mãe de João Batista e une à sua memória a do marido Zacarias. De ambos o evangelho de Lucas nos dá poucas notícias, limitadas ao período da dúplice anunciação a Zacarias e à virgem e do nascimento do precursor de Jesus Cristo. Todavia com poucs palavras o evangelista sintetiza a santidade deles, seu espírito de oração, a retidão dos seus corações no cumprimento não só externo, mas também interior dos preceitos mosaicos: "Ambos eram justos aos olhos de Deus e observavam irrepreensivelmente os mandamentos e as leis do Senhor".
Para a mulher hebreia a maternidade ra considerada a manifestação externa da benção de Deus. Mas a esterilidade de Isabel era a premissa da intervenção prodigiosa da graça de Deus, que gosta de fazer as suas obras do nada. "O ventre fechado de Isabel e aquele voluntariamente virgem de Maria são sinais de um povo até então imerso no deserto e que está para encontrar a fecundidade prometida pela aliança" (Maerttens). É o próprio pensamento expresso pelo próprio Zacarias no cântico profético que entoou no dia da circuncisão do filho João.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

História de Nossa Senhora Aparecida - Parte 2.

O papa Pio XI declarou e proclamou Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil a 16 de junho de 1930, "para promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus". A 05 de março de 1967 o papa Paulo VI ofereceu a rosa de Ouro à Basílica de Aparecida. Em 1952 iniciou-se a construção da nova basílica nacional de Nossa Senhora Aparecida, solenemente dedicada pelo papa João paulo II a 04 de julho de 1980.
"SANTA MARIA, MESTRA E PATRONA ESPIRITUAL DA CONGREGAÇÃO RELIGIOSA FILHOS DA CARIDADE, ROGAI POR NÓS".

História de Nossa Senhora Aparecida - Parte 1

Na segunda quinzena de outubro de 1717, três pescadores, Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, ao lançarem sua rede rede para pescar no rio Paraíba, colheram a imagem de Nossa Senhora da Conceição e no lugar denominado porto de Itaguassu. Filipe Pedroso levou-a para sua casa conservando-a consigo até 1732, quando a entregou a seu filho Atanásio pedroso. Este construiu um pequeno oratório onde colocou a imagem da virgem que ali permaneceu até 1743. Todos os sábados, a vizinhança reunia-se no pequeno oratório para rezar o terço. Devido a ocorrência de milagres, a devoção a nossa Senhora começou a se divulgar, com o nome dado a Nossa Senhora Aparecida. A 26 de julho de 1745 foi inaugurada a primeira capela. Como esta, com o passar dos anos, não comportasse o número dos devotos, iniciou-se em 1842 a construção de um novo templo inaugurado a 08 de dezembro de 1888. Em 1893, o bispo diocesano de São Paulo dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, elevou-a à dignidade de "Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida". A 08 de setembro de 1904, por ordem do papa Pio X, a imagem milagrosa foi solenemente coroada e a 29 de abril de 1908 foi concedido ao Santuário o título de Basílica Menor.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Devoção à Santíssima Virgem

"Eles terão uma devoção especial e toda filial com a divina Mãe do Salvador. Estabeleceram-a como protetora e mestra do Instituto Filhos da Caridade e querem que ela esteja em casa, em nossas casas religiosas".
Não temos o monopólio da devoção a Maria: todos os fiéis tem esta devoção como todas as congregações religiosas. Esta palavra particular não tem o sentido de uma comparação com os outros, mas em relação a nós mesmos e às nossas devoções: queremos ter uma devoção à Maria particularmente verdadeira, quer dizer particularmente interior, sincera e profunda.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Renovai-vos

Pessoalmente não gostei do resultado das eleições realizadas no último dia 03 de outubro. Não sei se foi uma forma de protesto de nossa população, porém, eu sei que nenhuma lei é capaz de resistir ao modo de vida das famílias, caso este protótipo de vida seja fundamentado no Evangelho de jesus Cristo.
Em nenhum momento, o Filho de Deus ensina que devemos ser desonestos, ou consumir de modo exagerado, ou ser arrogantes, prepotentes, ou ainda autossuficientes. Pelo contrário, somos chamdos a renovar nossos pensamentos e praticar tudo o que for bom para mim e ao meu semelhante. Portanto, vamos renovar nossos comportamentos, a mansidão, a não violência, a erradicação do mal em nossas realidades a permanência na concórdia e a oração, não estão fora de moda, mas, pressupostos capazes de dar sentido a vida e renovar os nossos bairros, a partir da renovação de nossos comportamentos.
Que Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Natividade de Nossa Senhora

Introduzida na Igreja latina pelo papa Sérgio I (séc. VII), a Natividade de Nossa Senhora liga-se estreitamente à vinda do Messias, como promessa, preparação e fruto de salvação. A devoção cristã venera hoje as pessoas e os acontecimentos que prepararam o nascimento de Jesus Cristo.

"Celebremos com alegria o nascimento da virgem Maria: por ela nos veio o sol da justiça, Cristo, nosso Deus".

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um pouco de Filosofia

Muitos procuram uma definição do termo "alma". Em minha opinião, acompanho a filosofia aristotélica-escolática que diz:

"A alma humana, que é uma alma pensante, constitui o princípio mesmo do pensamento. Ela é um princípio de vida"; "ato primeiro de um corpo natural organizado ou então, forma de um corpo organizado tendo a vida em potência".

Evangelho, segundo Lucas (Lc 4, 38-44)

O carisma dos Filhos da Caridade é "EVANGELIZAÇÃO DOS POBRES E TRABALHADORES". Este carisma pode conduzir a dois pensamentos:
1) Crer que só podemos evangelizar os pobres e trabalhadores quando estes estão dentro de nossas paróquias ou comunidades.
2) Ir aos locais como Jesus Cristo fez, no local onde os trabalhadores estão atuando evangelizando-os.
No evangelho de Lucas Jesus Cristo foi ao encontro das pessoas, evitou a rotina pastoral, convidando aos pescadores-discípulos a "Avançar para águas mais profundas" e nunca fechou as portas, pois nos canteiros de obras, nas margens de nossa sociedade, e em muitos lugares podem surgir vocações boas, capazes de evangelizar pobres e trabalhadores.
A Evangelização dos Pobres e Trabalhadores é missionária e além de nossas comunidades, estejamos abertos para ir ao encontro das pessoas, evangelizando-os mostrando um dos reflexos de nossa irmã Caridade. Que Maria, interceda por nós junto a Deus, na atualização de nosso carisma.

domingo, 29 de agosto de 2010

QUEM SE ELEVA SERÁ HUMILHADO, E QUEM SE HUMILHA, SERÁ ELEVADO

Inserido em seu quadro histórico, o ensinamento de Jesus dirige-se aos fariseus que o convida para uma refeição com más intenções. Mas se lemos o trecho na Igreja, o comentário mais eficaz, é o exemplo de humildade de Jesus e o que diz Tiago (Tg 2, 1-5) da assembleia cristã. A assembleia cristã não pode ser uma casta de privilegiados ou arrivistas, nem pode ser concebida como fechada ou destinada a certa categoria de pessoas. Deve ser aberta a todos, também os que não tem nada. A esses, é a comunidade é chamada a trabalhar.
PADRE ANIZAN: A CONTINUIDADE DE UMA CHAMA QUE INFLAMA CHAMADA JESUS CRISTO

sábado, 28 de agosto de 2010

A Igreja

"Conhecer a Jesus Cristo pela fé é a nossa alegria;
segui-Lo é uma graça'
e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que Jesus Cristo nos confiou
ao nos chamar e escolher".
VAMOS GLOBALIZAR A SOLIDARIEDADE, A FRATERNIDADE E A IGUALDADE

sábado, 21 de agosto de 2010

Aqui estou


Se tivesse vindo para os saudáveis, eu não estaria

Se tivesse vindo para os ricos, eu não estaria.

Se tivesse vindo para os intelectuais, eu não estaria.

Se tivesse vindo para os santos, eu não estaria,

Vieste para os pobres, aqui estou.

Vieste para os pecadores, aqui estou.

Vieste para os fracos, aqui estou.

Vieste para os humildes, aqui estou.

Vieste para os sofredores, aqui estou.

Vieste para os que tem a vida ameaçada, aqui estou.

Vieste para os pobres e trabalhadores, aqui estou.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Partilhando fotos



"NÃO É O POVO QUE TEM DE SE ADAPATAR A NÓS, MAS NÓS A ELE"
(Padre Anizan)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Transfiguração do Senhor

Para os orientais o dia 06 de agosto representa a Páscoa do verão, pela importância do acontecimento recordado pelo Evangelho. Na transfiguração, no monte Tabor, Jesus se manifesta aos seus discípulos em todo o esplendor da vida divina que está nele. Este esplendor é apenas uma antecipação daquele que o envolverá na noite da Páscoa e que nos comunicará, tornando-nos filhos de Deus em Cristo. Nossa vida cristã é desde então, um processo de lenta transformação em Cristo até a transfiguração do Cristo glorioso.
A festa da transfiguração foi estendida ao Ocidente no ano de 1456 por Calisto II, em memória da vitória gloriosa sobre o Islã.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dia do Padre

Hoje, 04 de agosto é dedicado ao dia do padre. Antes de qualquer comemoração, este dia foi marcado pela assistência dada a Sandra, moradora de nossa paróquia na rua Hamurabi, 18; vítima de nosso falido plano de assistência médica conhecido como SUS.
Graças a Deus, conseguimos que ela fosse atendida na Santa Casa em Santo André e agradeço a todos que ajudaram. O dia do padre há de ser o dia do movimento profético denunciador do comodismo popular e do descaso de nossos governantes à saúde pública.
Tenho como lema de ordenação sacerdotal "O BOM PASTOR DÁ A VIDA PELAS OVELHAS" e busquei reatualizar este lema. Em nome do Deus da Vida, de Jesus Cristo profeta-libertador e do Espírito Santo atuante pela vida, agradeço a todos que ajudaram nesta caridade e seguimos adiante, caminhando na via da santidade.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

RACIONALIDADE INDÍGENA E MÃE TERRA

São cada vez mais pessoas que estão tomando consciência de que o ser humano não é autossuficiente, de que sua vida depende de uma Terra viva e sadia. Nós só poderemos viver se a Terra vive. O mercado capitalista totalizado, a redução da vida humana e da Terra ao cálculo meio-fim, a inércia do sistema... ocasionam efeitos destrutivos (intencionais ou não) que ameaçam a vida no Planeta. A vida na Terra não é um meio para acumular riquezas, mas condição de possibilidade de viver.
Essa ideia, com outros termos, sempre esteve presente na mentalidade aymara e indigena. A comunidade não fomenta um acúmulo e consumo desenfreado, mas o necessário para viver dignamente. O ser humano e a comunidade são partes de algo mais vasto, parte do círculo natural da vida, pelo qual uma ação que destrua a terra é um suicídio.
O modo de vida, as práticas econômicas, baseadas na agricultura, e o negócio de gado de muitas comunidades aymaras são amistosos com o meio ambiente. Viver em equilíbrio com a Terra, ou em harmonia, significa não expô-la, não usá-la como simples mercadoria, não estabelecer domínio sobre ela.
Juan Jacobo Tancara Chambe - escritor aymara, Putre, Chile

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Nossa Senhora do Carmo

A Sagrada Escritura celebra a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a pureza da fé de Israel no Deus vivo. No século XII, alguns eremitas foram viver nesse monte e, mais tarde, constituíram uma Ordem de vida contemplativa sob o patrocínio da Santa Mãe de Deus, Maria.
"Venha ó Deus em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo, para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

"Sagrado Coração de Jesus, eu me consagro inteiramente a vós: minha pessoa, minha vida, minhas ações, trabalhos e sofrimentos a fim de empregar tudo quanto sou e tenho unicamente para colaborar convosco na construção de novos céus e nova terra. Ó Coração Sagrado, eu vos escolho para único objeto do meu amor, para protetor de minha vida, amparo de minha fragilidade e inconstância, reparação de todas as minhas faltas e auxílio seguro na hora de minha morte. Coração de Jesus, ternura e bondade! Eu quero que toda a minha felicidade seja viver e morrer ao vosso serviço, dedicando-me aos meus irmãos. Amém! "
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS: FESTA PATRONAL DOS FILHOS DA CARIDADE

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