domingo, 21 de novembro de 2010

SANTA CECÍLIA (22 de Novembro)

A popularidade da devoção para com a virgem e mártir romana fez com que o novo calendário litúrgico conservasse sua memória, embora faltem testemunhos anteiores ao século VI. Esta devoção e também o patrocínio de Santa Cecília sobre a música sagrada, devem-se de fato à sua Paixão que é posterior a 486. Nesse relato, Cecília é identificada como uma santo homônima, sepultada nas catacumbas de São Calisto e que teria sofrido o martírio durante o império de Alexandre Severo, pelo ano de 230.
"O culto de santa Cecília - lê-se na Liturgia das Horas - em honra da qual no século V foi construída em Roma uma basílica, difundiu-se por causa de sua paixão. Nela, Cecília é exaltada como o modelo mais perfeito de mulher cristã, que por amor de Cristo professou a virgindade e sofreu o martírio."
Cecília, nobre e rica, ia diariamente assistir à missa celebrada pelo papa Urbano nas catacumbas da via Ápia, aguardada por uma multidão de pobres, que conheciam a sua generosidade. Cecília, noiva de Valeriano, no dia das núpcias, "enquanto os órgãos tocavam, ela cantava em seu coração somente para o Senhor"(deste trecho da sua paixão teve origem o patrocínio de Cecília sobre a música sagrada); depois, quando chegou à noite, a jovem disse a Valeriano: "Nenhuma mão humana pode me tocar, pois sou protegida por um anjo. Se você me respeitar, ele amará você, como me ama".
O esposo decepcionado, não teve alternativa: seguiu o conselho de Cecília. Fez-se instruir e batizar pelo papa urbano e depois participou do mesmo ideal de pureza da esposa, recebendo em recompensa a mesma sorte gloriosa: a palma do martírio, ao qual, pela graça de Deus, foi associado também o irmão de Valeriano, Tibúrcio. Apesar dessa narrativa parecer fruto de piedosa fantasia, os mártires Valeriano e Tibúrcio, sepultados nas catacumbas de Pretestato, são historicamente certos. Após o processo, referido com abundância de detalhes pelo autor da paixão, Cecília condenada à decapitação, recebeu 3 golpes do algoz sem que sua cabeça caísse: ela havia pedido e obtido a graça de rever o papa Urbano antes de morrer.
Aguardando essa visita, ela continuou ainda três dias professando a fé. Não podendo proferir palavras expressou com os dedos seu credo em Deus Uno e Trino. É nesta atitude que Maderno a esculpiu na célebre estátua.
"Um Santo Para Cada Dia"
Mario Sgarbossa
Luigi Giovannini.

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